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quinta-feira, 8 de março de 2012

3º Capítulo - Seeking Happiness - Headache and Shame.


Acho sinceramente que devemos valorizar os pequenos momentos, por que é neles que somos realmente felizes e nem percebemos.
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Não queria admitir, mas estava com um pouco de medo do sermão de Peter.
Eu dormi por um bom tempo. Tempo demais, mas não tempo suficiente para que se curasse minha ressaca. Estava com uma dor de cabeça insuportável. Deveria ter pensado melhor antes de encher a cara.
Estava numa cama macia. Arisquei abrir os olhos. A claridade os atingiu de uma forma brusca, minha cabeça pulsou. Era o quarto de Peter. Onde será que esta ele? Olhei para o lado. Ninguém. Me sentei em sua cama. Era de solteiro, mas era larga.
Vi algo no chão. Era Peter. Ele tinha dormido no chão para me dar a cama. Me senti culpada por isso. As costas dele deve estar quebrada. Me levantei.
-Peet, acorda – balancei seu ombro. Percebi que ele estava babando um pouco – Vamos, vai pra cama, suas costas vão doer de você dormir ai no chão.
Ele abriu os olhos lentamente. Seus olhos verdes nunca deixariam de me fascinar.
- Oi meu amor.
- Você tava bêbada, e os meninos chegaram aqui... – ele estava com uma voz arrastada e sonolenta. Mal conseguia manter seus olhos abertos.
- Peet, não é hora de ter essa conversa, depois que você dormir – eu estava o levantando e direcionando para cama – e descansar pode me dar o sermão que você tanto quer. Agora dorme – o empurrei na cama. Ele já estava dormindo. O ajeitei na cama e o cobri.
Sentei ao seu lado na cama. Ele era tão fofo dormindo. Parecia tão calmo, tão sereno. Um bebe. Passei a mão nos seus cabelos negros.
O que será que os meninos falaram pra ele? Será que o James falou algo? Tomara que não. Eu teria que agradecer aos dois. Se minha mãe me visse naquele estado ela me colocava pra fora de casa.
Resolvi tomar um banho, sei que não tem nenhuma roupa minha aqui na casa do Peter, mas tinha que tomar banho, eu pegava qualquer coisa dele.
Entrei no banheiro e comecei a me despir. E lembrar a noite anterior. Leana. Eu me esqueci de Lea! Tenho que pedir desculpas para ela. Falando em Lea, por que será que as outras meninas não tinham aparecido?
Me sentei no chão. Deixei a água caindo em meus cabelos castanho-claros. Minha cabeça já não doía tanto. Resolvi sair do banho. Peguei a toalha que estava em cima da bancada e me enrolei.
Sai do banheiro sem me importar, já que não tinha ninguém em casa e Peter estava dormindo.
Abri seu guarda roupas. Suas camisas de bandas, como as amava. Escolhi entre elas a do Slayer. Preta com letras vermelhas. Ficou enorme em mim, mas eu gostava.
- Você fica linda assim sabia? – me virei rápido, assustada.
- Desde quando esta olhando?
- Desde que saiu do banheiro – ele estava com um sorriso malicioso.
- MAS CADÊ A PRIVASIDADE DESSA CASA? – disse rindo, indo me juntar a ele na cama.
O abracei forte, sabendo que depois ele iria me dar um sermão daqueles. Ele acariciou meus cabelos molhados.
- Não vai brigar comigo e dizer que eu estava errada e que eu sou uma idiota por encher a cara e que eu deveria ter ido para minha casa? – disse sem respirar.
- Não – ele passou os dedos em meu rosto.
- O. Que. Aconteceu? – eu estava desconfiada.
- Nada, só acho que você já é grandinha e sabe que o que fez foi errado. E pela sua cara da pra ver que ta se sentindo culpada. Quero ficar com você sem que bobeiras nos façam brigar.
Eu o olhava com a boca entre aberta. Ele me puxou pra mais perto. Beijou meus lábios delicadamente. O beijo foi aumentando sua intensidade, ficando cada vez mais quente. Nos soltamos para respirar.
- Vamos tomar o café da manhã?
- Vamos – eu disse, já me levantando da cama.
- Se você for ficar andando só com a minha camisa pela casa eu vou te agarrar garota, estou avisando!
Ri maliciosa, e ergui um pouco a barra da camisa. Ele veio até mim, me puxou pela cintura e se abaixou para me dar um beijo empolgado.
- Melhor irmos tomar café, Peter – havia um riso em minha voz.
Descemos as escadas de mãos dadas. Ele me colocou sentada na bancada e começou a colocar a mesa.
Não tinha percebido antes, mas ele estava sem camisa. E isso deixava a mostra sua barriga. Eu adorava sua barriga, não sei por que. Era definida, mas não tinha músculos também.
- Depois eu que provoco né? Olha como você tá!
- Como assim?
- Sem camisa!
- É diferente né Bells – ele sorriu para mim. Amo seu sorriso.
Ele andou até mim e ficou me dando selinhos na boca, até que eu mordi seu lábio inferior.
Ele me abraçou e me puxou para mais perto. Passei os braços por seu pescoço. Enrolei meus dedos em seus cabelos e ele apertou de dele a pele de minha cintura. Suas mãos escorregaram para meu quadril, e ele o empurrou, fazendo que meu quadril se encaixasse nele. Passei as pernas por suas costas e me agarrei mais a ele. Ele tirou os lábios dos meus e passou a atacar meu pescoço. Eu respirava com dificuldade. Meu coração estava muito acelerado. Ele me levantou dali e sem soltar minhas pernas subiu as escadas. Quase caímos no ultimo degrau. Dei uma risada abafada. Ele voltou a me beijar, até que senti uma coisa dura nas minhas costas. Era a porta de seu quarto. Ele a empurrou e foi direto a cama. Me sentou na ponta da cama e voltou a porta. Fiquei o observando.
- Nós não íamos tomar café?
- Íamos, mas tive uma idéia melhor – ele sorriu e fechou a porta.
Voltou até mim. Foi deitando em cima de meu corpo, ao mesmo tempo em que me puxava para cima junto ao seu corpo. Ele levou a mão até a barra da camisa e a puxou um pouco pra cima, até a metade de minha barriga. Ele apertou minha cintura com a mão. Aquilo me arrepiou. Minhas mãos foram novamente para seus cabelos, que puxei levemente. Desci uma das mãos de seu cabelo e lentamente passei por seu pescoço, descendo para suas costas nuas. Arranhei de leve ali.
Ele voltou a me beijar, e puxou mais um pouco da camisa, mas logo a soltou. Ele colocou a mão em cima de meu peito e apertou de leve. Mordi seu lábio novamente. Escutei um barulho de porta se abrindo, e olhei assustada para o lado.
- Peter, por que aquela mesa... – era Charlotte, mãe de Peter. O joguei pro lado rápido, assustada. Pulei da cama e corri para o banheiro, morrendo de vergonha.
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Ser livre não se trata só de liberdade física. Você mesmo pode se prender em sua mente, sem nem mesmo perceber.

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